COMBATE AO CORAL INVASOR AVANÇA NA ILHA DE ITAPARICA COM NOVA EXPEDIÇÃO NESTA QUARTA-FEIRA (22)

Na última quarta-feira (22), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) deram continuidade à operação na Ilha de Itaparica, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baía de Todos-os-Santos (BTS). A iniciativa busca combater a bioinvasão do coral Chromonephthea braziliensis e está na fase de testes para identificar as melhores técnicas de manejo, com o objetivo de proteger a biodiversidade marinha e os serviços ecossistêmicos desempenhados pelos recifes de corais da região.

Atualmente, as equipes de pesquisadores estão avaliando diferentes métodos para controlar a proliferação do coral invasor. Entre as abordagens mais promissoras estão a remoção manual e a injeção de sal azedo, consideradas as técnicas mais eficazes até o momento. As ações estão sendo realizadas com autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Inema, assegurando que os procedimentos estejam alinhados às normas ambientais.

A operação conta com o apoio de organizações como a ONG Pró-Mar e especialistas de diversas instituições acadêmicas, incluindo a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Senai/Cimatec. Além disso, instituições como a Capitania dos Portos da Bahia, a Marinha e a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) da Polícia Militar da Bahia (PMBA) fornecem suporte técnico e operacional.

Apesar dos avanços, a persistência do coral em áreas previamente tratadas ressalta a necessidade de intensificar as ações e o monitoramento. As próximas etapas incluirão articulações com o Ibama para viabilizar a erradicação do coral invasor, já que o instituto é responsável pelo controle de espécies invasoras no Brasil.

Impactos na biodiversidade

Os recifes de corais da região desempenham um papel essencial no equilíbrio ecológico marinho, funcionando como barreiras naturais contra a erosão costeira. Contudo, a presença do coral invasor ameaça esses ecossistemas ao competir por espaço e recursos com corais nativos, comprometendo a fauna marinha que depende desse habitat. A bioinvasão prejudica a biodiversidade, altera a estrutura ecológica dos recifes e reduz sua capacidade de proteger a costa e sustentar a diversidade biológica. Esse impacto afeta não apenas o meio ambiente, mas também as comunidades locais, que dependem da pesca e da coleta de mariscos para sua subsistência.

Após a conclusão da fase de testes, a próxima etapa será o planejamento das remoções, em parceria com a ONG Pró-Mar, que já possui licença para remover outro coral invasor na região. A previsão é que os trabalhos de remoção comecem após o dia 4 de fevereiro, intensificando os esforços para proteger os recifes de corais e as comunidades que dependem deles.

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