
Estou vendo uma luz no fim do túnel, ou melhor, um belo sol no horizonte.
Atire a primeira pedra aquele que nunca sonhou com ela. Desde quando vim pela primeira vez para a ilha, em meados dos anos 70, que desejávamos a ponte. Quando só existiam os ferries Agenor Gordilho e Juracy Magalhães, com filas, algumas vezes, chegando à curva da Penha, isso mesmo, na curva da penha, eram horas e horas de espera, depois, quando chegaram os ferries Monte Serrat, Vera Cruz, Maria Bethânia e Gal Costa, quase não pensávamos mais nela, a lenda, a ponte. Porém, era só surgir um feriado prolongado, um carnaval, uma Semana Santa, que ela voltava aos nossos desejos, como criança gosta de doce, jovem gosta de festa e padre gosta de missa.
Hoje, nossa frota é composta por sete ferries: grandes, pequenos, velhos e novos, que, algumas vezes, não conseguem atender a demanda dos usuários.
Mas, porém, contudo, todavia, recentemente, ao cruzar a Baía de Todos os Santos, vi dois equipamentos fazendo prospecções marítimas, iniciando assim os primeiros passos para a construção dela, a tão esperada e sonhada ponte.
Enfim, estou ansioso e confiante para dizer: “Habemus Ponte.”
Ass: Um Eterno Veranista